sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Eu espero que você volte


Há pouco mais de 12h eu tomei uma atitude drástica, extrema. Mandei meu filho de 15 anos escolher entre a vida, com limites, regras, cuidados e inclusive ajuda ou simplesmente a porta de saída de casa. Ele escolheu a porta.

Algumas horas antes.
Meu filho estourou a porta do quarto da minha mãe... ele ficou indignado, pois ela não emprestou o telefone celular para fazer uma ligação. Ele avisou que faria, simplesmente para mostrar sua fúria.
Para você que pergunta neste momento: mas você não deu educação para este menino?
Eu respondo: sim, eu dei educação. Meu filho sempre recebeu amor. Meu filho sempre teve limites bem estabelecidos, não fui uma mãe permissiva. Quem sabe até muito exigente, afinal de contas sou mãe e pai de garoto que não tem culpa do pai dele ser um homem ausente e indiferente com o próprio filho.
Enfim, quando cheguei em casa, na tarde de ontem, ele já havia saído. Retornaria em breve, mas em tempo de eu encontrar um baseado sobre sua cama. Este não foi o primeiro flagrante que dei, mas avisei que seria o último, quando conversamos anteriormente.
Adolescentes são irreverentes. Adolescentes acham que devem provar tudo e de tudo. Adolescentes não têm medo. Adolescentes experimentam a vida e a morte todos os dias. Eu fui uma adolescente rebelde. Eu dei trabalho para meus pais. Eu dei trabalho na escola, mas meu filho conseguiu superar todas as expectativas.

O princípio.
Desde muito pequeno ele sempre desafiou os limites. Desafiou a altura quando corria sobre o muro de casa com 2,5 metros de altura. Ele tinha apenas seis anos de idade. Ele andava sobre os telhados do quarteirão. Foram seis meses de terapia para “entregar a altura” e “colocá-la no lixo” com uma psicóloga.
Meu filho tem o chamado Transtorno Desafiador Opositivo (TDO). Ele desafia toda e qualquer autoridade. É um transtorno de comportamento. Mais novo ele desenvolveu Transtorno Compulsivo Obsessivo (TOC). Ele demorava horas para arrumar suas coisas. Tudo deveria estar alinhado. As cores deveriam obedecer a uma seqüência lógica, por isso quando ele “desorganizou” agradeci a Deus. A bagunça pode ser arrumada. O TOC é avassalador na vida do portador e dos que estão próximos.
Portanto, desde cedo foi acompanhado por diversos profissionais. Meu retorno à Curitiba foi muito mais por ele que por mim. Precisava cuidar da sua saúde mental. Assumir esta condição para as pessoas não é fácil. É complicado. Elas acham de tudo. Que não sou boa mãe, que não soube dar amor ao meu filho, que faltou envolvimento da minha parte... e assim vai.
Na escola, a vida dele tornou-se um inferno, apenas com uma exceção. Ele não consegue ficar parado por muito tempo, sua execução motora e concentração são sofríveis, mas se você o colocar numa prova oral, tudo muda. Dos sete para os oito anos uma professora notou sua “especialidade” e o acompanhou durante todo o ano letivo. Até sua letra mudou. Achei, realmente que Curitiba poderia oferecer uma estrutura mais adequada a ele, mas as escolas não estão adaptadas para crianças e adolescentes com especialidades psiquiátricas. A especialidade escolar pára nas deficiências mais conhecidas, como down, surdez, mudez e assim por diante. Passei por oito escolas em menos de seis anos. O discurso das escolas é lindo: sim, nós sabemos atender crianças especiais. Na prática: venha buscar seu filho. Nós não damos conta dele.
Fomos convidados a nos retirar de algumas, apesar dessa história ser considerada ilegal. Fui constrangida pelas melhores escolas curitibanas. Durante este período meu filho foi acompanhado por neurologistas, psiquiatras, psicólogos, pedagogos, terapeutas.
Além de tudo isso, ainda havia a igreja. Sempre fizemos parte de uma comunidade protestante que, aparentemente oportunizava a ele uma vida em um grupo saudável. Mas daí, o comportamento dele ficou mais acirrado, ele ficou mais rebelde e a igreja também não soube lidar com suas diferenças. Olho para meu filho e lembro de alguns vários amigos que, na adolescência, eram chamados de filhos do diabo devido o comportamento “diferente”. Sei de alguns que não suportaram a pressão dos mais velhos e simplesmente abandonaram a fé. Outros permaneceram. Passados alguns anos, ambos os grupos são formados por homens decentes, corretos, inteligentíssimos e com futuros brilhantes.

Hoje.
Voltando a minha história, eu ofereci ajuda ao meu filho, de todas as maneiras. Eu ofereci, pois nesta idade já não conseguimos mais impor ajuda. Eu propus mudarmos de igreja, para uma comunidade que desse mais oportunidades a ele. Eu propus responsabilidades, direitos, deveres, mas as sugestões não foram aceitas.
A situação é complicada. Não quer mais estudar. Então, vamos trabalhar. Não quer trabalhar. Então... é preciso entender como a vida funciona, realmente.
Seu pai, que me perdoe a sinceridade, mas a desculpa de uma vida atribulada, a desculpa de uma esposa “crente” que não aceita os seus outros filhos, o discurso de que meu filho tem que aprender a lidar com a rejeição sozinho só demonstra sua condição deplorável. Pobre de amor. Covarde de espírito. Um homem digno de pena.
Eu tomei a atitude mais drástica e extrema da minha vida, mas foi por amor. Foi assim porque entendo que ele precisa realmente compreender que a vida é feita de escolhas. O que posso esperar disso tudo? Primeiro, eu espero em Deus. Depois, espero que ele volte, que entenda que precisa de ajuda. Espero que entenda que se errei, errei tentando acertar e que continuarei tentando fazer o melhor.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Hoje eu vou dormir do meu lado esquerdo

Hoje eu tomei um banho longo para tentar aplacar a dor que senti. Sabe aquela dor da ausência? Aquela dor no corpo que parece surra, que dói a carne e estremece a alma? Hoje eu estou assim. E o banho? Só aliviou o peso. A dor continua aqui.
Parei para pensar no que significaram esses 10 meses desde que disse com todas as letras: “vá, esta é sua chance”. No meu íntimo eu pensei: “não desista, eu estarei ao seu lado”. Fiz uma promessa velada que se tornou explícita com o passar do tempo. Ficou clara tanto pra mim quanto pra você, e acho que também ficou clara para alguns mais próximos de nós, apesar de nunca ter confessado o quanto esta relação é especial.
Caminhamos ao longo deste tempo e avançamos. Recuamos várias vezes. Eu reconheço que tentei deixar isso pra lá. Procurei outras pessoas, mas não consegui. Nenhuma me motiva, me cativa, me faz rir, me inebria, me traz para o mundo real, me coloca freios, me incentiva, me alimenta. Ninguém me inspirou, me tirou do quadrado, me trouxe paz. Acho que na real, eu não queria mesmo, mas minha teimosia me impelia a continuar tentando, afinal eram tantos os desafios, muito mais não que sim. Eu poderia ter passado você para outra pessoa atender. Eu poderia tantas coisas, mas eu não consegui largar de você.
Falando em largar de você, se eu pudesse, se dependesse de mim, não largaria nunca. Não deixaria você partir, não deixaria esse abismo milimétrico existir entre nós, não deixaria você dormir sozinho uma noite mais sequer, mas de alguma maneira eu sei que não é tempo, apesar de não saber se esse tempo um dia existirá.
Vejo Deus cuidando das nossas vidas com esmero. Vejo Deus tratando coisas inimagináveis na minha vida por meio da sua e vice e versa. Sei que Ele tem tratado você. Sei que Ele é quem nos mantém vivos e atentos apesar de muitas vezes quase não ser possível enxergar um passo à frente. Vejo Deus mostrando a você a sua capacidade diante dos desafios, dando segurança e pegando pela mão quando precisa atravessar aquela ponte estreita demais. Vejo Deus nos mínimos detalhes.
Na verdade, peço por você todos os dias, que lhe dê forças para continuar batalhando, que lhe dê sabedoria, entendimento, paz, segurança, que cuide de você, que envie seus anjos, que o instrua suas atitudes. No que diz respeito a mim, faço o que posso, sou sincera, cuidadosa naquilo que me compete ser, pois me importo demais com você.
Mas hoje meu corpo doeu mais que das vezes passadas. Minha alma transbordou de sentimentos diversos e controversos. Hoje, depois do banho e deste texto eu vou dormir do meu lado esquerdo, bem juntinho de mim, para aplacar essa dor de, novamente, deixar você partir.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Passamos a noite juntos: cansei do papel da boa moça




Passamos a noite juntos.
Você lá e eu cá, e ainda sim, juntos. Unidos pela pira de uma história sobre um caso complexo. Sim, a história é complexa assim como nosso caso também.
Vai fazer um ano que tropecei no seu pé e você, delicadamente me ajudou a não cair.
Vai fazer um ano que mandei uma mensagem para um amigo em comum dizendo que você era “caprichosamente apaixonante”.
Passei o resto da noite pensando nos motivos pelos quais eu fujo querendo ficar.
Mais cedo eu reclamei que estava frio e você disse que me esquentaria... nosso trabalho não resistiria um minuto sequer caso não houvesse a distância.
Suas mensagens de texto são audíveis demais. Sua voz é inconfundível já disse o vendedor de óculos. E foi ela que provocou meus instintos mais íntimos, me tirando do sério. Dormi com você ecoando na minha mente e acordei saudosa por ouvi-lo novamente.
Cansei do papel da boa moça. Cansei de te repelir. Não quero mais remediar. Duas mentes criativas, movidas pelo desafio. Isso tem que dar em algum lugar.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Você é fruto do passado e será semente do futuro


Sério que você ainda se preocupa com a entrevista que a presidente Dilma Rousseff deu para o Jô Soares?
Só para constar: Ela é a presidente deste país. Eleita pela maioria da população brasileira, goste você ou não. Ela representa você em todo o mundo, goste você ou não.
E mais, não conheço um jornalista que não queira entrevistar a presidente do Brasil.
O programa do Jô é um talk show e ele não tinha a mínima intenção de colocar a mulher numa saia justa, afinal, essa não é a proposta do programa dele e nunca será.
Ele já disse isso para a Folha de SP e mais, o ibope alcançou um índice fantástico com o programa daquela noite.
Se você realmente não gosta dela, por que raios você fala tanto dessa entrevista?
Se você não gosta do Jô, por que raios você se importa em falar sobre essa entrevista? Perfeito imaginar se o entrevistado fosse o FHC. Sinceridade, nossa timeline estaria entupida de dizeres: "nossa, que coisa mais linda a entrevista do Jô". "Ele é um excelente jornalista". "Fantásticas as colocações dele".
Dependendo do entrevistado Jô Soares passa de um entrevistador top para um idiota completo. Sabe aquela máxima? #NãoEstouDisposta? Pois então...
Nós entramos numa era de ódio tão grande que acabamos esquecendo que fazer parte dela atrapalha ainda mais. Pergunta: o que você tem feito para ajudar este país sair da "grande merda" que você tanto fala?
Dizer à mesa, na frente dos seus filhos, netos, amigos que essa mulher é uma vaca, guerrilheira, terrorista... declarando para eles (os filhos, netos, amigos) que não paga imposto, que não aceita a política econômica, que este governo não te representa?
Sinceramente, você pode não gostar dela, do governo dela, do que vem acontecendo no país, mas o fato é você ensina, com suas atitudes, como será o futuro das próximas gerações. Serão corruptos como você. Porque a corrupção não está somente no governante, na estatal, a corrupção começa aqui mesmo com a sonegação do imposto de renda, com a nota fiscal não solicitada no posto de gasolina, com o jeitinho brasileiro de resolver as coisas. O fato é que este país vem sendo roubado, extorquido desde que foi habitado pelos seus colonizadores.
Há cerca de 15 anos atrás assisti à uma aula inaugural de Comunicação Social em Curitiba e lá o palestrante, acho que foi Arnaldo Jabor, falou sobre a "Reforma Protestante" e seus desdobramentos enquanto reforma social. 
Sim, ela foi uma reforma social, pois tirou o povo da ignorância. O que os pastores e seus seguidores fizeram? Ensinaram o povo a ler e a escrever por meio da Bíblia. O povo, antes massacrado pelo Clero e integrantes da realeza, sem condições alguma de pensar, passou a "compreender" a vida através das escrituras sagradas. Não, eu não estou aqui para defender esta ou aquela religião. O fato é que o povo passou a ter conhecimento, discernimento, passou a pensar e a entender o que era certo e errado. Perfeito. A partir daí aconteceram as colonizações pelo mundo.
Agora eu pergunto: quais regiões colonizadas pelos países "reformados" que agonizam nesta palhaçada de coronelismo existente na América do Sul e Central? Nenhum. Mais uma pergunta: quais foram os únicos países que não se "dobraram" à reforma protestante? Portugal e Espanha, nossos colonizadores. O Clero e sua realeza permaneceram incólumes e disseminaram essa cultura opressiva por todos os lugares que passaram. "Eu tenho dinheiro, eu tenho o poder, você faz o que eu mando, e por favor, não cresça, não leia, não aprenda. Seja massa de manobra". A corrupção é cultural neste país e você continua fazendo o favor de alimentá-la. 
Lembro do PRC quando prestou depoimento à JF sobre os desvios e pagamento de propina com $ da Petrobras: "não existe almoço grátis neste país" e os desmandos na estatal remontam desde o governo do José Sarney. Não há nomeações por merecimento nas estatais brasileiras, todas tiveram e continuam acontecendo por "indicações políticas".
Se você quer que seu país mude, que o governante mude, que as leis mudem, seja consciente. Cumpra com seu papel de pessoa decente. Não incorra nos mesmos erros do passado.
Eu não sou eleitora da Dilma, mas acho que é preciso tirar os óculos embaçados com as ideologias medíocres, discursos rasos e olhar este país como seu, meu realmente. Há sim desigualdade social no Brasil, também há aqueles que se aproveitam dos programas sociais para não fazer nada. Há sim dirigentes corretos e também os que não são corretos, mas faça sua parte. Ao influenciar pessoas, faça da maneira correta. Denegrir a imagem dela não fará de você um bom influenciador e nem resolverá o problema. Cumpra com seu papel de cidadão. Faça o dever de casa e por último, se olhe no espelho, você é fruto do passado e será semente do futuro.

terça-feira, 9 de junho de 2015

O amor reconhece o amor

Não existe mulher no mundo que não seja cobrada por sua família dos motivos pelos quais ainda não casou, ou ainda não está namorando, principalmente se ela já passou dos 25. Então faça idéia do que é ter 40, um filho e não ter ninguém?
Hahaha eu já me chatiei sim, mas no passado. Hoje olho para as pessoas e devolvo a pergunta: você está feliz? Porque namoro e casamento não são passaportes para a felicidade meu bem.
Sabe, o amor próprio deixou de ser necessidade na vida das pessoas. A felicidade parou num certo momento da vida, por algum motivo que você nem se lembra mais, mas você resolveu continuar mesmo assim.
Então, não me venha com essa história de que é preciso ter alguém para ser feliz. Na verdade, você só terá alguém quando for feliz de verdade, consigo mesma, sem a dependência do outro.
Na verdade você só será feliz quando priorizar você.
Sair entre amigas e sem o compromisso de pegar o primeiro, nem o segundo e muito menos o último da balada. Fazer terapia em grupo, sim suas amigas são parceiras para ombro amigo e também para aquele tapa na cara que você precisa para acordar a ilusão do boy errado.
Aproveite as mesmas amigas para rir muito. Aproveite aquele dia super frio e faça uma super pipoca, muito chocolate quente, bons filmes e as amigas para brindar.
Aproveite para olhar-se no espelho e perceba o quanto você é bonita. Aproveite para cuidar de si mesma. Como já disse o sábio Salomão, há tempo para tudo nesta vida, inclusive para estar só e para estar acompanhado.
O amor não bate à sua porta se você não estiver em um compromisso sério com você mesma. O amor reconhe o amor, o resto é fingimento e passa mais rápido do que você imagina.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Eu tirei o pó das lembranças

Hoje eu lia um artigo que falava sobre colocar as lembranças na estante e por um instante me toquei que as minhas lembranças sobre você também estão, na minha estante.
Confesso que por vezes não olho para elas, sequer tiro o pó; quem sabe para que elas não brilhem tanto, para não chamarem a atenção da saudade que sua presença me faz.
Mas as lembranças merecem sim uma polida a fim de que não pesem tanto quando ouvir sua voz ou ainda quando um amigo seu conta o quanto galanteador você é por aí.
Olhei para a estante e lembrei de você mudando de cor numa loja quando ligaram sua voz ao seu rosto. De você orgulhoso daquela história fantástica do elo perdido e todo mundo te ligando para falar sobre isso. De você pendurado no meu ombro enquanto descíamos uma escada rolante e eu, em pânico com aquela situação (hahaha você não sabia disso). De você me ligando para perguntar o que eu achava do seu novo empreendimento, das suas dúvidas e eu dizendo "vá lá e ouça o que ele tem para dizer. Não perca esta oportunidade" e depois de alguns dias você me liga dizendo "obrigada pelo seu incentivo, deu certo"!
Lembrei também daquela mensagem enviada às 4h30 da madrugada dizendo que havia chegado em casa " são e salvo" e eu morta de ciúmes porque você havia saído com seus amigos.
Falando em lembranças, estive lá naquele restaurante esses dias e adivinha onde me colocaram? No mesmo lugar que sentamos. Olhei ao redor, pela janela e lembrei que naquela noite você contou que tocava violão e eu pensei "Deus, de que planeta ele veio?" Porque não é possível existir alguém: lindo, carinhoso, educado, gente boa, um papo super agradável, chato as vezes, carente também, temente a Deus e que ainda toca violão???
Lembrei de você sorrindo, frustrado, bravo, chorando, vermelho. Lembrei de você tomando vinho e contando um pouco mais sobre sua vida.
Hoje eu tirei o pó das minhas lembranças, me peguei rindo sozinha, "vendo" seu sorriso e "ouvindo" suas risadas.

domingo, 24 de maio de 2015

"Oi amor"

Tem dias que estou tão atribulada que nem lembro que você existe, mas tem outros que dá vontade de passar a mão no telefone só pra ouvir você dizer "oi amor".
Na verdade, me chamar de amor foi uma maneira de dizer: "querida, preciso que você me ajude nisso..."
Não sei quando foi que me chamar de amor passou a ser um pouco mais especial, só sei que a partir deste momento, saquei que havia muito mais que sedução profissional nesta relação.
Sei que existe uma demarcação territorial muito bem definida aí, tanto profissional quanto emocional. Eu sei também que ela é muito mais sua que minha e eu preciso confessar que gosto disso.
Acho que é por isso que as vezes bate essa vontade louca de falar com você, só pra ouvir você dizer "oi amor". Me faz sentir que de alguma forma você pertence a mim e eu a você.