quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aparências

Há alguns dias venho pensando sobre aparências.

O mundo está cheio delas. Quanto mais bonita for a aparência das coisas, mais fáceis e mais rápidas serão consumidas.

Vejo que as pessoas também vivem de aparências.

Aparência do que tem, aparência do que são, aparência do que vestem, aparência dos seus corpos, e, mais uma vez, quanto mais bonitas forem, mais rápidas e fáceis de serem consumidas.

Vejo que os amigos também vivem de aparência.

Aparência do que tem, aparência do que são, aparência daqueles que os acompanham, e, mais uma vez, quanto mais bonitas forem as aparências, mais fáceis e rápidas de serem consumidas.

Quando falo em consumo, falo de aceitação.

Mas quando se olha por dentro, esse interior é tão belo quanto o exterior, digo, a aparência?

Há tantas empresas super conceituadas, com missões e visões maravilhosas.

Há tantas pessoas lindas, com rostos e corpos perfeitamente esculpidos.

Há tantos lugares deslumbrantes.

Mas, se tirarmos a máscara, a aparente beleza continuará existindo, ou melhor, insistindo em existir ou simplesmente se extinguirá com a verdade, que fatalmente, aparecerá?

Também não posso simplesmente generalizar e dizer que nada do que vemos é realmente aquilo que é, mas o que quero colocar aqui é que nossas aparências não definem nossas existências.

Há empresas conceituadíssimas que honram os seus; há pessoas lindíssimas que transbordam amor e há lugares deslumbrantes completamente seguros, mas...

...balizar-se pela opinião alheia e não pela sua própria, olhar para o belo sem querer descobrir o realmente belo é descartar o princípio básico de que o importante é aquilo que vai dentro de você, de mim e não aquilo que eu demonstro ser.

Olhe além das aparências. Veja as evidências.

Não deixe que as aparências impeçam você de sentir.

Não deixe que as aparências impeçam você de ser você mesmo.

Não deixe que as aparências impeçam você de receber.

Não deixe que as aparências impeçam você de aceitar.

Não deixe que as aparências impeçam você de amar.

Quando Jesus morreu naquela cruz por você e por mim ele não nos olhou por aquilo que carregávamos, nossos pecados.

Quando Jesus morreu naquela cruz por você e por mim, ele nos olhou, além do pecado, porque amava nosso ser.

Já não há mais tempo para invólucros. Agora é tempo de amar.

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